TEOLOGIA SISTEMÁTICA

TEOLOGIA SISTEMÁTICA

TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Vincent Cheung

Copyright © 2001, 2003 por Vincent Cheung. Todos os direitos reservados.

Publicado originalmente por Reformation Ministries International

PO Box 15662, Boston, MA 02215, USA

Tradução e revisão: Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva.

Edição e Projeto Gráfico: Felipe Sabino de Araújo Neto.

Direitos para o português gentilmente cedidos pelo autor ao site Monergismo.com

Salvo indicação em contrário, as citações escriturísticas são extraídas da NOVA

VERSÃO INTERNACIONAL DA BÍBLIA, edição online, da Sociedade Bíblica

Internacional (disponível em https://www.ibs.org/bibles/portuguese/index.php). Usadas

com permissão.

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SUMÁRIO

NOTA DE AGRADECIMENTO....................................................................................................................3

PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 2003..................................................................................................................4

1. TEOLOGIA...................................................................................................................................................5

ANATUREZADATEOLOGIA..................................................................................................................5

APOSSIBILIDADE DATEOLOGIA..........................................................................................................6

ANECESSIDADE DE TEOLOGIA.............................................................................................................9

2. ESCRITURA...............................................................................................................................................12

ANATUREZADAESCRITURA..............................................................................................................12

AINSPIRAÇÃODAESCRITURA...........................................................................................................14

AUNIDADE DAESCRITURA..................................................................................................................16

AINFALIBILIDADE DAESCRITURA...................................................................................................19

AAUTORIDADE DAESCRITURA.........................................................................................................20

ANECESSIDADE DAESCRITURA........................................................................................................21

ACLAREZADAESCRITURA.................................................................................................................22

ASUFICIÊNCIADAESCRITURA...........................................................................................................24

3. DEUS.............................................................................................................................................................26

AEXISTÊNCIADE DEUS.........................................................................................................................26

OS ATRIBUTOSDE DEUS........................................................................................................................42

ASOBRAS DE DEUS.................................................................................................................................84

4. HOMEM.......................................................................................................................................................91

ACRIAÇÃO DOHOMEM.........................................................................................................................91

ANATUREZA DO HOMEM.....................................................................................................................97

AQUEDADO HOMEM...........................................................................................................................111

5. CRISTO......................................................................................................................................................118

APESSOADE CRISTO............................................................................................................................118

AVIDADE CRISTO.................................................................................................................................121

AOBRADE CRISTO................................................................................................................................123

A SUPREMACIA DE CRISTO................................................................................................................137

6. SALVAÇÃO...............................................................................................................................................153

ELEITOS ....................................................................................................................................................153

CHAMADOS .............................................................................................................................................177

REGENERADOS.......................................................................................................................................178

CONVERTIDOS........................................................................................................................................179

JUSTIFICADOS ........................................................................................................................................184

ADOTADOS..............................................................................................................................................188

SANTIFICADOS.......................................................................................................................................190

PRESERVADOS........................................................................................................................................192

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NOTADE AGRADECIMENTO

A presente obra, disponível agora no portal Monergismo.com, é o segundo fruto do

“Projeto de Tradução”, lançado há menos de um ano.

Minha mais sincera gratidão ao irmão Vanderson Moura da Silva, tradutor do primeiro

livro do Projeto, que desta vez se dedicou, juntamente comigo, a verter em nosso idioma

este excelente livro para os irmãos de língua portuguesa.

Não poderíamos deixar de mencionar o autor do livro, Vincent Cheung, que há

muito concedera-me a permissão para traduzir não somente este livro, mas todos já

escritos e os que virá a escrever.

Rogamos a Deus sua bênção sobre este livro, e que ele o use para instruir seu povo, para

que a cada dia tenhamos uma compreensão mais bíblica de Deus, de Cristo, do homem

e da salvação adquirida por Jesus para os seus.

Aproveitamos esta oportunidade para reiterar o convite a todos os irmãos que se sentem

especialmente capacitados a trabalhar com literatura cristã sadia a fim de que se unam a

este projeto para a disponibilização gratuita em nossa língua, tão carente da sã teologia e

da mais edificante doutrina, de outras obras de extremo valor.

Nisto, como em tudo o mais, soli Deo gloria!

Felipe Sabino de Araújo Neto

Cuiabá, 08 de abril de 2006

PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 2003

A tarefa mais importante que um cristão pode realizar, em qualquer estágio de seu

desenvolvimento espiritual, é estudar teologia sistemática. Isso pode soar extremo à

tendência anti-intelectual do cristianismo popular, mas é conclusão necessária derivada

da natureza da teologia. O estudo teológico possui um valor intrínseco, e ele é a précondição

de todo conceito e atividade cristãos. Por exemplo, é o empreendimento

intelectual da teologia que governa o objeto e o modo da oração, define a razão e a

maneira da adoração, e formula a mensagem e a estratégia para o evangelismo.

Eu considero esse livro um texto adequado para o leitor iniciante. Talvez alguns o

acharão até mesmo desafiador. Mas sendo uma introdução, ele não pode incluir todas as

coisas importantes para um entendimento abrangente da teologia. E visto que seu

propósito primário é providenciar uma construção ou afirmação positiva das doutrinas

bíblicas, a ênfase não está na polêmica. O leitor deve buscar meus outros escritos para

discussões mais detalhadas sobre os tópicos mencionados nos capítulos seguintes.

Esse livro enfatiza a inter-relação das doutrinas bíblicas, e dispõe-nas em uma

progressão lógica – desde a precondição epistemológica de uma cosmovisão até à

preservação do crente. Os três temas centrais deste livro são a infalibilidade da

Escritura, a soberania de Deus e a centralidade da mente. Algumas das minhas outras

obras oferecem explanação e defesa adicionais desses pilares bíblicos do sistema

cristão. Especialmente relevante é o meu livro, Questões Últimas, que serve muito bem

de texto associado à Teologia Sistemática, por dar respostas bíblicas às questões de

epistemologia, metafísica, ética e soteriologia. Enquanto Teologia Sistemática é um

esboço da teologia cristã, Questões Últimas é um esboço da filosofia e da apologética

cristãs.

1. TEOLOGIA

A reflexão teológica é a atividade mais importante que um ser humano pode realizar.

Essa declaração pode surpreender alguns leitores, mas uma explicação do significado e

das implicações do empreendimento teológico fornecerá justificativa para uma tal

reivindicação. Consideraremos a natureza, a possibilidade e a necessidade desse campo

de estudo nas várias páginas seguintes.

A NATUREZA DA TEOLOGIA

A palavra TEOLOGIA refere-se ao estudo de Deus. Quando usada num sentido mais

amplo, a palavra pode incluir todas as outras doutrinas reveladas na Escritura. Ora, Deus

é o supremo ser que criou e até agora sustenta tudo o que existe, e a teologia procura

entender e articular, de uma maneira sistemática, a informação por ele revelada a nós.

Assim, a teologia se preocupa com a realidade última. Visto que é o estudo da realidade

última, nada é mais importante. Porque contempla e discuta essa realidade, ela,

conseqüentemente, define e governa cada área da vida e do pensamento. Portanto, assim

como Deus é o ser ou realidade última, a reflexão teológica é a atividade humana

última.

Esse livro é uma apresentação de diversas doutrinas bíblicas importantes, pertencentes

ao estudo da teologia sistemática. Uma doutrina consiste de uma série de proposições

relacionadas com certo tópico teológico — é o ensino bíblico de um determinado

assunto. Teologia, então, refere-se ao estudo da Escritura ou à formulação sistemática

das doutrinas dessa. Uma doutrina verdadeiramente bíblica é sempre autorizada e

obrigatória, e um sistema de teologia é somente autorizado até onde ele reflita o ensino

escriturístico.

Muitos advertem contra estudar teologia para o próprio bem dessa. O espírito antiintelectual

dessa geração tem se infiltrado de tal maneira na igreja, que eles recusam a

crer que alguma atividade intelectual possua valor intrínseco. Para eles, até mesmo

conhecer a Deus deve servir para um propósito maior, provavelmente pragmático ou

ético. Embora o conhecimento de Deus deva afetar a conduta de alguém, é, contudo, um

engano pensar que o empreendimento intelectual da teologia sirva a um propósito que

seja maior do que ela mesma. Os cristãos devem afirmar que, visto que estudar teologia

é conhecer a Deus, e esse é o maior propósito do homem, a teologia, portanto, possui

um valor intrínseco. Jeremias 9:23-24 diz:

Assim diz o Senhor: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua

força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em

compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com

justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”, declara

o Senhor.

Não há finalidade maior a que o conhecimento de Deus pretende alcançar, e não há

propósito maior para o homem senão o de que conhecer a Deus. O conhecimento

teológico produz demandas morais e outros efeitos na vida de uma pessoa, mas essas

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não são propósitos maiores do que a tarefa teológica de conhecer a revelação verbal de

Deus.

A POSSIBILIDADE DA TEOLOGIA

Um pré-requisito para se construir um sistema teológico é provar que o conhecimento

teológico é possível. Jesus diz que “Deus é Espírito” (João 4:24); ele transcende a

existência espaço-temporal do homem. A questão que então se levanta diz respeito a

como os seres humanos podem conhecer algo sobre ele. Deuteronômio 29:29 tem a

resposta:

As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, o nosso Deus, mas as reveladas

pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as

palavras desta lei (Deuteronômio 29:29).

Teologia é possível porque Deus se revelou a nós através das palavras da Bíblia.

Deus revelou sua existência, atributos e exigências morais a todo ser humano, incluindo

tal informação dentro da mente do homem. A própria estrutura da mente humana inclui

algum conhecimento sobre Deus. Esse conhecimento inato, conseqüentemente, faz com

que o homem reconheça a criação como a obra de um criador. A grandeza, magnitude e

o desígnio complexo da natureza servem para lembrar ao homem de seu conhecimento

inato sobre Deus.

Os céus estão declarando a glória de Deus. A vasta expansão mostra o seu

trabalho manual. Um dia “fala” disso a outro dia; uma noite mostra

conhecimento a outra noite. Não há discursos, não há palavras; Nenhum som é

ouvido delas. Sua “voz” estende-se por toda a terra, suas palavras até os confins

do mundo (Salmo 19:1-3). 1

Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos

homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode

conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a

criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua

natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das

coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo

conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas

os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceuse

(Romanos 1:18-21). 2

Embora o testemunho da natureza concernente ao seu criador seja evidente, o

conhecimento do homem sobre Deus não vem da observação da criação. A última

1 Robert L. Reymond, A New Systematic Theology of the Christian Faith; Nashville, Tennessee: Thomas

Nelson, Inc.; p. 396. Lemos na NVI assim: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a

obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem

palavras, não se ouve a sua voz.”.

2 “Sua realidade invisível — seu eterno poder e sua divindade — tornou-se inteligível, desde a criação do

mundo, através das criaturas, de sorte que não têm desculpa” (v. 20, Bíblia de Jerusalém).

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passagem em Romanos nos informa que o conhecimento de Deus não vem de

procedimentos empíricos, mas do que tem sido diretamente “escrito” na mente do

homem —é um conhecimento inato:

De fato, quando os gentios, que não têm a Lei, praticam naturalmente as coisas

requeridas pela lei, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a Lei;

pois mostram que os requerimentos da Lei estão escritas em seu coração. Disso

dão testemunho também a sua consciência e os pensamentos deles, ora

acusando-os, ora defendendo-os (Romanos 2:14-15). 3

Os teólogos chamam isso de REVELAÇÃO GERAL. Esse conhecimento de Deus é inato

na mente do homem e não se origina da observação do mundo externo. O homem não

infere do que ele observa na natureza que deve existir um Deus; antes, ele conhece o

Deus da Bíblia antes de ter acesso a qualquer informação empírica. A função da

observação é estimular a mente do homem a recordar esse conhecimento inato de Deus,

que foi suprimido pelo pecado, e é também por esse conhecimento inato que o homem

interpreta a natureza.

Toda pessoa tem um conhecimento inato de Deus, e para onde quer que ele olhe, a

natureza lembra disso. Todos os seus pensamentos e todas as suas experiências dão

testemunho irrefutável da existência e dos atributos de Deus; a evidência é inescapável.

Portanto, aqueles que negam a existência de Deus são acusados de suprimir a verdade

pela sua perversão e rebelião, e ao reivindicaram ser sábios, tornaram-se loucos

(Romanos 1:22). Em outras palavras, a revelação geral de sua existência e atributos por

toda a sua criação – isto é, o conhecimento inato do homem e as características do

universo – deixam aqueles que negam a sua existência sem escusa, e assim eles são

justamente condenados.

Embora uma pessoa tenha um conhecimento inato da existência e dos atributos de Deus,

e o universo criado sirva como um lembrete constante, a revelação geral é insuficiente

para conceder conhecimento salvífico de Deus e de informação impossível de ser assim

obtida. Assim, Deus revelou o que Lhe agradou nos mostrar através da revelação verbal

ou proposicional – isto é, a Escritura. Essa é a sua REVELAÇÃO ESPECIAL. Através dela,

ganha-se informação rica e precisa concernente a Deus e às suas coisas. É também

através da Escritura que uma pessoa pode obter um conhecimento salvífico de Deus.

Uma pessoa que estuda e obedece a Escritura ganha salvação em Cristo:

Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem

convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você

conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação

mediante a fé em Cristo Jesus. (2 Timóteo 3:14-15)

O conhecimento de Deus é também possível somente porque ele fez o homem à sua

própria imagem, de forma que há um ponto de contato entre os dois, a despeito da

transcendência de Deus. Animais ou objetos inanimados não podem conhecer a Deus

como o homem, mesmo se lhes fosse dada sua revelação verbal.

3 “Quando então os gentios, não tendo Lei, fazem naturalmente o que é prescrito pela Lei, eles, não tendo

Lei, para si mesmo são Lei; eles mostram a obra da lei gravada em seus corações, dando disto

testemunho sua consciência e seus pensamentos...” (v. 14-15, Bíblia de Jerusalém).

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Deus preferiu nos revelar informação através da Bíblia – em palavras, ao invés de

imagens ou experiências. A comunicação verbal tem a vantagem de ser precisa e

acurada, quando propriamente feita. Visto que esta é a forma de comunicação que a

Bíblia assume, um sistema teológico digno deve ser derivado de proposições

encontradas na Bíblia, e não de quaisquer meios de comunicação não-verbais tais como

sentimentos ou experiências religiosas.

Ora, todo sistema de pensamento parte de um princípio primeiro, e usa o raciocínio

dedutivo ou indutivo, ou ambos, para derivar o restante do sistema. Um sistema que usa

raciocínio indutivo não é confiável e desbanca para o ceticismo, 4 visto que a indução é

sempre uma falácia formal, que freqüentemente depende de informação empírica, e

produz conclusões universais a partir de particularidades. A certeza absoluta vem

somente de raciocínio dedutivo, nos quais particularidades são deduzidas de

universalidades por necessidade lógica.

Contudo, visto que o raciocínio dedutivo nunca produz informação que já não esteja

implícita nas premissas, o princípio primeiro de um sistema dedutivo contém todas as

informações para o resto do sistema. Isto significa que um princípio primeiro por

demais estrito não conseguirá produzir um número suficiente de proposições para

providenciar aos seus partidários uma quantidade significativa de conhecimento. Assim,

indução e princípio primeiro inadequados tornam ambos impossível o conhecimento.

Mesmo que um primeiro princípio pareça ser amplo o suficiente, devemos providenciar

justificativa para afirmá-lo. Sua justificação não pode vir de uma autoridade ou

princípio mais altos, porque então ele não seria o primeiro princípio ou a autoridade

última dentro do sistema. Uma autoridade ou princípio menor dentro de um sistema não

pode verificar o primeiro princípio, visto que é deste próprio princípio primeiro que esta

autoridade ou princípio menor depende. Portanto, um primeiro princípio de um sistema

de pensamento deve ser auto-autenticador – ele deve provar a si mesmo verdadeiro.

A autoridade última dentro do sistema cristão é a Escritura; portanto, nosso princípio

primeiro é a infalibilidade bíblica, ou a proposição, “A Bíblia é a palavra de Deus”.

Embora haja argumentos convincentes para apoiar um tal princípio mesmo se alguém

fosse empregar métodos empíricos, de forma que nenhum incrédulo poderia refutá-los,

o cristão deve considerá-los como inconclusivos, visto não serem os métodos empíricos

confiáveis. 5 Além do mais, se fôssemos depender da ciência ou de outros

procedimentos empíricos para verificar a verdade da Escrituras, estes testes

permaneceriam então como juízes sobre a própria palavra de Deus, e assim, a Escritura

não mais seria a autoridade última em nosso sistema. 6 Como Hebreus 6:13 diz,

“Quando Deus fez a sua promessa a Abraão, por não haver ninguém superior por quem

4 A posição auto-contraditória de que o conhecimento é impossível.

5 Veja meus outros escritos que mostram como os métodos científicos e empíricos de investigação

impedem a descoberta da verdade.

6 Como uma menor parte de sua estratégia apologética, o cristão pode empregar argumentos empíricos

para refutar objeções de incrédulos, que freqüentemente reivindicam se apoiar em dados empíricos.

Todavia, os argumentos mais fortes para o Cristianismo não dependem de raciocínio empírico ou

indução, que são fatalmente defeituosos. Em outro livro argumento que o empirismo faz com que o

conhecimento seja impossível.

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jurar, jurou por si mesmo”. Visto que Deus possui autoridade última, não há nenhuma

autoridade maior pela qual alguém possa pronunciar a Escritura como infalível.

Entretanto, nem todo sistema que reivindica autoridade divina tem dentro do seu

princípio primeiro o conteúdo para provar a si mesmo. Um texto sagrado pode

contradizer a si mesmo, e auto se destruir. Outro pode admitir a dependência da Bíblia

cristã, mas por outro lado, essa condena todas as outras alegadas revelações. Ora, se a

Bíblia é verdadeira, e ela reivindica exclusividade, então todos os outros sistemas de

pensamento devem ser falsos. Portanto, se alguém afirma uma cosmovisão não-cristã,

ele tem de, ao mesmo tempo, rejeitar a Bíblia.

Isto gera um confronto entre as duas cosmovisões. Quando isto acontece, o cristão pode

estar confiante que seu sistema de pensamento é impenetrável aos ataques alheios, e que

o próprio sistema bíblico fornece o conteúdo para


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